Alerta de Martín Redrado ao governo: "Entramos em um período de incerteza monetária".

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Alerta de Martín Redrado ao governo: "Entramos em um período de incerteza monetária".

Alerta de Martín Redrado ao governo: "Entramos em um período de incerteza monetária".

O economista e ex-presidente do Banco Central, Martín Redrado, criticou o governo por perder "a oportunidade de acumular reservas" neste momento crítico para o país. Vale destacar que a taxa de câmbio argentina vem subindo há semanas e já há preocupação na Casa Rosada sobre atingir o limite de US$ 1.400. "Precisamos ser capazes de mostrar que a Argentina é sustentável."

" Entramos em um período de incerteza cambial. A oportunidade de acumular reservas foi perdida, deixando o Banco Central diante de um período eleitoral de alta incerteza. Medidas importantes foram tomadas na área cambial, mas precisamos deixar que a taxa de câmbio seja determinada pela oferta e demanda", explicou o especialista.

Nesse contexto, Martín Redrado explicou à Rádio Rivadavia que "a Argentina precisa de medidas que vão além de uma abordagem financeira ou de política fiscal e monetária. A Argentina precisa dar previsibilidade e um horizonte à sua política cambial, algo que lhe falta hoje . Precisamos ser capazes de demonstrar que a Argentina é sustentável."

"Precisamos ter um horizonte de previsibilidade em termos de câmbio, em como acumular reservas para reduzir o risco-país, traçar um roteiro para os setores produtivos e formalizar a economia nacional. Este Banco Central tem um grande trunfo: não financia mais o setor público. Vejo o copo meio cheio. A conquista de não financiar o setor público é importante; ainda precisamos passar no teste de previsibilidade", afirmou o ex-funcionário do BCRA.

Por outro lado, o economista reconheceu que existe "uma taxa salarial abaixo da inflação", o que leva a sociedade a sonegar impostos para aumentar seus lucros: "A Argentina paga muitos impostos formais. Pagamos muitos impostos, e isso tira muitas pequenas e médias empresas do sistema formal. Precisamos ampliar a base tributária para que mais trabalhadores e empresas contribuam para o sistema."

"Pouco se fala sobre impostos trabalhistas, o que o imperador paga para ter trabalhadores legalmente registrados. Uma proposta para uma Argentina com soluções para o futuro, sem impasses, é reduzir os impostos trabalhistas para registrar trabalhadores legalmente", disse ele.

Por fim, Martín Redrado também denunciou problemas no sistema previdenciário, que afetam diretamente os aposentados: "Estou preocupado com o sistema previdenciário. Ninguém no centro levantou a questão da impossibilidade de ter dois aposentados para um trabalhador ativo. Começa a ficar claro que é necessária uma nova fase em termos de como lidar com os problemas de produção da Argentina", concluiu.

"DEVEMOS PROPOR UM HORIZONTE DE PREVISIBILIDADE"

Martín Redrado, economista e ex-presidente do Banco Central, falou com @ignacioortelli no #ThisMorning . #rivadavia630 pic.twitter.com/rNcK3UteT6

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